Perdi até o amigo! Céus, quanto engano nos oferece o coração. Enganoso e perverso. Essa é a expressão bíblica que mais me choca, e digo mesmo assustada isso, porque em todas as coisas Deus é perfeito. Ilusório, falso, equivocado, malvado, ruim, traiçoeiro, adjetivos que retratam nossa realidade, já que nos enganamos facilmente com doses ridículas, ínfimas, porções mínimas de afeto que já nos ganham assim .... como crianças carentes, como seres doentes, almas enfermas, espíritos cambaleantes, como podemos nos entregar a tão ilusória relação?!
Me dói relativamente bastante essa sensação de rejeição, abandono e por aí vai. Ser igual a  todo mundo é extremamente pesado. Como era bom o conto de fadas, as projeções todas ali perfeitinhas, a realização dos planos ....
A vida real requer motivadores que não me foram ainda concedidos. Há, claro, que se buscar a cada dia, mas nem a esses tenho aspirado. A sufocante saudade e a angústia tomaram o lugar da quietude, da paixão,do desejo. E o que fazer quando não se há mais nada a ser feito? Nada. Assim serão os próximos dias, semanas, o tempo que durar a leve e momentânea tempestade.
E que eu tenha a graça para suportar e o amor para me levar.

Ah que delícia de semana! Tá certo, hoje ainda é quarta-feira, mas de pensar que só tem mais amanhã para obrigações, alivia a alma egoísta ...
Mas não é sobre a semana que anseio verbalizar nesse post e sim sobre um antigo e querido ombro amigo ... e que ombro! Grande, bom, velho, macio, aconchegante, comprido ... braços enormes que afagam -me a alma de maneira mais que amorosa - boa! Sim, eu que duvidava e ainda duvido haver essa possibilidade, tenho enxergado e vivido essa bondade. Ah que maravilha são seus abraços e quanta doçura traz em seus lábios, elogiando, beijando, acariciando, mordendo, seja lá a maneira que expressa por ela, a boca, seu afeto.
E pensar que hesitava render-me às suas brincadeiras, sempre o vendo como o amigo de adolescência, garoto que só me enchia e eu azucrinava.
Sem mais palavras para expressar o conforto que há tempos não encontrava lugar ....   

Por qual razão te abates, pequena alma?!
Que tanta angústia, agonia, melancolia, agressividade, insatisfação, a consomem?
Essa tal instabilidade não pode ser coisa de Deus, nem mesmo do Diabo, pois não há no mundo um só que dê conta de tamanha problemática.
Não sendo de um ou de outro, e dane-se a culpa protestante, é pra cá que cai mesmo esse peso sem fim, que ronda meu coração, abate meu espírito, desfalece-me o já enfraquecido coração. Haverá um no mundo, disposto a encerrar misericordiosamente esse capítulo de 1981? Será outra fantasia do maravilhoso mundo morto de Renatinha?
Não há, em definitivo, alguém que transforme tristeza em alegria, diante de tanta, mas tanta, conspiração.
Tudo é extremamente desconexo, e há bases fortíssimas para esse dilema.
Falta-me muito a presença daquela que poderia ser minha mãe. Melhor, meu pai!
Margarete sempre foi o suporte, nunca a muleta.E é a ela que me refiro quando digo quanto me falta tal presença. Essa história de nego ter que se virar, é pra gente que foi educada, não deseducada como eu. Tá ok, vou ouvir que sou mimada e olha, tens toda minha afirmativa quanto a isso e quanto ao porre que é minha vida, nesse tempo. Tem sido, aliás, porque é um período!
Chega de blá blá blá ....

Dizem por aí que a saudade quando não cabe mais no coração, escorre pelos olhos. Que não me olhem muito de perto por esses dias. Aliás, que não me olhem nem de longe. Reluzindo como uma sutil paixão, estão meus olhos que tentam a todo custo esconder-se porque, claro,falamos de uma situação inviável.Vou eu envolver-me com quem não está disponível? Que grande loucura é essa e que prazer há nisso? Como se dispôr a tal prazer, sendo tão passageiro,corriqueiro,ilusório, indisponível?
Estou mesmo é com muita saudade e de mãos atadas porque nada absolutamente, mudará a realidade do lado de lá.Dessa maneira não há como me expressar,verbalizar para que o outro ouça,manifestar qualquer desejo .... que barca furada, resumindo!

Um ciclo que se finda para um novo poder ter vez. Dessa forma começo a me despedir desse lugar que tantos desejos me permitiu viver, que tantas farras me proporcionou, que tantas noites e dias especiais me deu. Maturidade que lentamente vem se aproximando, momentos de dor, muita dor, mas também e muito mais, de alegria ... 
Londrina é a cidade que escolhi, embora sem saber disso logo quando vim pra cá. E me despeço agora, somente por um breve momento, para dar atenção ao que me é prioridade em 2012. Quem sabe depois disso me estabeleça aqui novamente!

30/092011

Há dias venho pensando escrever aqui, mas reluto em função da falta de clareza. Conflitos, falta de resolução, espera, energia se esgotando .... Deus em todo tempo, terá sempre minha gratidão. Se não for por Ele, não permaneço - fato. Ele e todas as estratégias que agiliza pra me proteger, guardar, livrar, enfim. Tem sido pesado, a luta tem sido grande, mas em todo tempo creio no poder de Deus pra livrar-me do mal.
Que eu tenha sempre um coração grato...

07/02/2011

Volto a ter todas aquelas sensações e confesso: está uma zona!

Meus planos pra esse lugar não saíram exatamente como preciso. Isso me faz pensar se devo permanecer aqui ou sair novamente. E vou eu na minha infinita problemática, tentar esclarecer meus sentimentos e inquietações, pois novamente estão a me sufocar.

Primeira prova não é. Segunda prova não é. Terceira prova não é. Hei de tentar o Senhor meu Deus e implorar por uma nova opção?!