quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

O que fazer ....

Ontem tive a oportunidade de conversar com uma conhecida por tempo suficiente pra perceber, que de certa forma, fomos levadas aos mesmos contextos de vida. Palavras dela: " É Rê, por trás desses olhos verdes ... " e não concluiu. No entanto, não houve necessidade de conclusão, visto que cabem tantas coisas nessa frase! Ontem especificamente ela se referia ao meu histórico afetivo-emocional, familiar, econômico, e por tais coincidências acredito que não tenha concluído seu pensamento.
Engoli em seco, mas me escorreram pelos olhos as minhas companheiras lágrimas.
Ouvir Fernanda me aquietou a alma no que diz respeito ao que considero justo, natural, entre outras coisas. De fato a vida não é lá muito justa em alguns tempos, mas de modo geral e quando se escolhe ter controle da sua vida, esses traumas de injustiça caem por terra e os frutos já surgem de nova forma.
Minha conhecida é um exemplo típico dessas pessoas que por tempos se submetem ao sonho do outro, ao mimo do outro, ao luxo do outro, em nome de um comodismo que não é saudável, tão pouco proveitoso. Explicando: sempre haverá um jogo por trás de doces palavras e gestos de carinho. Há por parte desses meus gentis colaboradores, um sagacidade entre outras qualidades, que me faz muito mal. Chega e fantasiar Renatinha, bora lá acordar e fixar os pés no chão! Não, não há onde fixar meus pés nesse mundo mentiroso que formara pra mim, que me doei por anos e que desmoronou no dia em que vi que a vida não era viver o sonho do outro, nem agradar a vocês pra ser aceita e feliz. Essa não é a vida que sonhei pra mim, não é definitivamente a vida que quero levar nos próximos anos.
Mas o que fazer, pra onde fugir, pra onde pedir socorro? Vim sozinha, partirei sozinha e nesse entremeio quero mais do que tudo, respirar leve como a criança descompromissada, como o pássaro livre, como Deus me criou, sem vícios, sem a malícia maldita dos que me corrompem a alma.
Depender exclusivamente de mim ......